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terça-feira, 18 de agosto de 2015


Alunos da zona rural de Ibirajuba, PE, enfrentam precariedade em escolas

G1 constatou a falta de rede de água e esgoto, bibliotecas e acessibilidade.
Prefeitura alega falta de recursos federais e não dá prazo para soluções.

Paula CavalcanteDo G1 Caruaru, em Ibirajuba
Escola Dom João da Mata de Amaral (Foto: Paula Cavalcante/ G1)Buraco foi escavado para perfurar cisterna na Escola Dom João da Mata de Amaral (Foto: Paula Cavalcante/ G
Para os estudantes da zona rural de Ibirajuba, no Agreste de Pernambuco, o aprendizado em sala de aula está relacionado à vivência de dificuldades diárias. A ausência de rede de esgoto, rede de água, coleta de lixo periódica, quadra de esportes, biblioteca, sala de professores, acessibilidade e internet são algumas das precariedades encontradas. Outro problema é a falta de espaço para refrigerar alimentos. Diante da situação, alunos, professores e pais demostram ter se adaptado às condições de ensino.
A prefeitura alega que faltam recursos federais e não dá prazo para solucionar as dificuldades enfrentadas. Levantamento feito a pedido do G1 pela Fundação Lemann e pela Meritt, responsáveis pelo portal QEdu, aponta que há 140 municípios no país em que as escolas rurais não contam com nenhum dos itens listados. Em Ibirajuba, há 1.478 alunos na rede municipal de ensino. Destes, 284 estudam em dez escolas espalhadas pela zona rural.
Escola São Francisco, na zona rural de Ibirajuba (Foto: Paula Cavalcante/ G1)Escola Municipal São Francisco, localizada no Sítio
Maniçoba (Foto: Paula Cavalcante/ G1)
Na visita à Escola Municipal São Francisco, localizada no sítio Maniçoba, os alunos se dividem entre aqueles que gostam de matemática e os que preferem língua portuguesa. Como outras crianças, eles têm sonhos: um deseja ser policial, outra almeja ser professora. Até lá, eles continuam indo de tranporte alternativo para a unidade de ensino, e, no intervalo, brincam no entorno ou nas dependências dela.
A escola atende no turno da manhã a 14 alunos do pré I ao 2º ano e a 13 crianças, do 3º ao 5º ano do ensino fundamental. A água utilizada para a merenda e para a limpeza é retirada de uma cisterna comunitária que fica a aproximadamente 200 metros do local. Os baldes são carregados todos os dias para manter os estudantes alimentados e o ambiente limpo.