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terça-feira, 13 de setembro de 2016

Sérgio Moro vai julgar casos de Eduardo Cunha, que teve seu mandato caçado

Eduardo Cunha

Cinco dos sete inquéritos do deputado cassado têm relação com a Lava Jato e devem ser encaminhados à 13.ª Vara da Justiça Federal em Curitiba

Dos sete inquéritos em que o deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) é alvo no Supremo Tribunal Federal (STF), cinco deles têm relação com a Operação Lava Jato e devem ser encaminhados para o juiz Sérgio Moro, da 13.ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, responsável pelas investigações na primeira instância.
Isso ocorre porque, com a cassação do mandato aprovada pelo plenário da Câmara, Cunha perde o direito ao foro privilegiado e, consequentemente, a prerrogativa de ser julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
O peemedebista é réu em dois processos oriundos de desdobramentos das investigações sobre o esquema de corrupção da Petrobras. A primeira denúncia contra ele foi feita em fevereiro: ele é acusado de ter recebido 5 milhões de dólares em propina relacionada a contratos de navios-sonda para a Petrobras.
Cunha também responde a uma ação penal por manter contas secretas na Suíça. A suspeita é de que o dinheiro para abastecê-las teria vindo da compra de um campo de petróleo em Benin, na África.
A Procuradoria-Geral da República também apresentou denúncia contra Cunha no caso que apura um esquema de corrupção na Caixa Econômica Federal, envolvendo recursos desviados do Fundo de Investimentos do FGTS.
Há ainda uma investigação que apura se ele recebeu propina nas obras do Porto Maravilha, no Rio, e outra na qual Cunha é suspeito de apresentar requerimentos na Câmara para pressionar o banco Schahin e beneficiar Lúcio Bolonha Funaro, conhecido como seu operador de propinas. Todos esses inquéritos estão sob a relatoria do ministro Teori Zavascki, responsável pela Lava Jato no Supremo, e devem ir para Moro.