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segunda-feira, 15 de janeiro de 2018

Pernambuco registrou 5,4 mil homicídios em 2017

Soma foi atingida com consolidação dos dados de dezembro, mês em que 394 assassinatos foram contabilizados
Homicídio
HomicídioFoto: Rafael Furtado/ Folha de Pernambuco
Pernambuco registrou 5.427 assassinatos em 2017, o que fez do ano passado o mais violento desde que o número de crimes desse tipo passou a ser contabilizado pelo DataSUS, em 1979, e pela Secretaria de Defesa Social (SDS), em 2004. A soma foi atingida com a consolidação dos dados de dezembro, divulgados nesta segunda-feira (15) pela SDS. No mês passado, foram contabilizados 394 homicídios, segundo menor número do ano e, na visão da secretaria, um indicativo do viés de queda desse tipo de delito.
A cúpula da segurança pública recorreu ao comparativo entre as duas metades do ano para analisar os dados e argumentar sobre a tendência de redução, a despeito de o número absoluto ser o pior do Pacto pela Vida, criado em 2007. Segundo o secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, houve 2.875 mortes no primeiro semestre, ante 2.552 registradas no segundo. Ou seja, houve 323 vítimas a menos nos últimos seis meses do ano.
“Fizemos esse estudo comparativo entre os semestres para demonstrar que há uma tendência, e trabalhamos por resultados mais significativos em 2018”, avaliou Pádua.
Ainda segundo a SDS, os latrocínios caíram de 143 para 107 casos (-25,2%) no comparativo entre os semestres, e a taxa de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) por 100 mil habitantes teve uma redução de 11,7% (de 30,31 para 26,75). A SDS também optou por destacar a redução do número de dezembro em relação aos de novembro de 2017 (458, -13,9%) e dezembro de 2016 (472, -16,5%).
A secretaria também ressaltou a prisão de 2.249 homicidas ao longo do ano, além da realização de 90 operações Força no Foco voltadas à detenção de assassinos e grupos de extermínio. A SDS ainda informou que o tráfico de drogas, acertos de contas e outras atividades criminais estão relacionados a 53,3% das mortes violentas, seguidos de conflitos na comunidade (15,5%), latrocínio (5,1%), excludente de ilicitude (4,1%), conflitos afetivos ou familiares (4,1%), outras motivações (1,9%) e feminicídio (1,5%). Em 48,4% dos casos, as vítimas também tinham passagem pelo sistema de justiça criminal.
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