NOSSOS VÍDEOS

domingo, 13 de maio de 2018

A nova maternidade: da proveta ao transplante de útero

Neste fim de semana das mães, a Folha de Pernambuco aborda a evolução dos meios que possibilitam o sonho de ter um filho no século 21
Autônoma e blogueira Brunella Sobral, 34, não pensou duas vezes em doar algumas dezenas de óvulos excedentes para mulheres que, assim como ela, buscavam tratamento para gerar um bebê
Autônoma e blogueira Brunella Sobral, 34, não pensou duas vezes em doar algumas dezenas de óvulos excedentes para mulheres que, assim como ela, buscavam tratamento para gerar um bebêFoto: Brenda Alcântara/Folha de Pernambuco
Em um futuro não tão distante, o transplante uterino - que teve seu primeiro caso de sucesso no Brasil em 2017 - poderá ser a opção de tantas outras mulheres, sejam cis (pessoa que reivindica ser do mesmo gênero do nascimento) ou trans (pessoa que reivindica ser de gênero diferente do nascimento), que desejem carregar no próprio ventre uma vida. Como nem tudo são flores, polêmicas e tabus ainda precisam ser ultrapassados neste novo cenário. Neste fim de semana das mães, a Folha de Pernambuco aborda esses novos aspectos da maternidade.

A impossibilidade da prima em gestar um filho comoveu a representante comercial Maria José Barros, 35 anos, que revolveu emprestar a barriga para a parente realizar o sonho de ter filhos biológicos. Para alegria da família, vieram duas lindas meninas. As gêmeas nasceram faz uma semana. “Eu mesma que me ofereci. Não pensei em desistir em nenhum momento da proposta, pois queria muito ajudá-la a ter um filho. Foi uma gravidez muito tranquila e que nos aproximou ainda mais”, conta. 

Maria José já havia ofertado o útero há alguns anos, mas o marido dela não aprovou a ideia. Com a separação, a representante comercial voltou a se disponibilizar para a prima. Para a gestação de substituição, foi utilizado o óvulo e espermatozoide do casal, o que garante a carga genética deles nas crianças. Se para os outros, a barriga solidária chegou a causar estranhamento, para os pais e prima tudo era muito simples. “No começo o povo ficava perguntando se eu ia mesmo entregar as meninas. Mas, eu respondia que elas não eram minhas”, relembra. Mãe biológica de uma menina de 11 anos, Maria acredita que a solidariedade ampliou os laços de afeto de todos. A prima que comemora pela primeira vez o Dia das Mães, neste domingo, preferiu não conversar sobre o assunto, por enquanto.